Bem-vindos à casa da neblina

4 Excursão! E, ainda por cima, dormindo fora de casa! A turma (quase toda) tinha adorado a ideia da diretora Dolores. Ela e os alunos iriam, de ônibus, visitar um parque ecológico e passar a noite em uma pousada que, tempos atrás, havia sido uma escola. Essa pousada ficava numa cidade bem antiga, conhecida pelas velhas construções. Enquanto a diretora resolvia alguns problemas na secretaria, a meninada esperava na sala a hora de partir, com as mochilas prontas, cada um em sua carteira. – Aposto que vamos parar numa casa assombrada! – disse, lá de seu lugar, Carlos Bruno, o Cacau, dono de muita imaginação. – A cidade inteira deve ser cheia de fantasmas! – Zara, mais conhecida como Zazá, sentada logo atrás, não poderia deixar por menos. Mas a irmã dela, Gisele, a Gigi, quis trazer os colegas de volta à realidade: – Você mal ouviu falar dessa cidade, Zazá, e aposto que você, Cacau, não sabe nada dessa pousada. – É um antigo colégio de freiras. A dona Dolores estudou lá quando menina! – Íris falou, mostrando-se bem informada. – O fato de ser velha não quer dizer que tenha fantasmas ou assombrações! – comentou Charles. – Pelo contrário! Fantasmas e assombrações adoram tudo o que é velho, principalmente casas, ruínas… – contestou Paulo Sérgio, o Pimba, que adora histórias de lobisomens, fantasmas e vampiros. – E cemitérios! – acrescentou Úrsula, a irmã do Pimba, bastante influenciada pelo garoto, que, por sinal, era seu gêmeo. Nicolau, o Niquinho, trocou um rápido olhar com Eustáquio, o Taquinho, seu amigo inseparável. Nem precisavam falar o que estavam pensando: “Quanta bobagem!”.

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