Documento orientador pedagógico para os coordenadores

34 A premissa do Integral evoca o que é completo, total e inteiro. E na Educação? Você sabe o que é Educação Integral? Muitos acreditam que uma Educação Integral só pode ocorrer em escolas com jornada ampliada, ou seja aquelas em que os alunos ficam em período integral. Educação Integral não está vinculada ao tempo de permanência na escola. Vai além. É a busca da ampliação de situações educativas que desenvolvam nos alunos em sua integralidade, por meio de aspectos físicos, afetivos, cognitivos, intelectuais e éticos. Desta forma, falar de Educação Integral transcende a concepção de ser humano que enfatiza apenas o homem cognitivo ou o homem afetivo. A integralidade abarca os aspectos biológico-corporais do movimento humano, da sociabilidade, da cognição, do afeto e da moralidade, em um contexto tempo-espacial. ASPECTO COGNITIVO – Desde a fase intrauterina até a adolescência o desenvolvimento da inteligência se processa por meio da construção gradual de neurotransmissores que funcionam como condutores de estímulos ao conhecimento e à aprendizagem. Cada estágio se caracteriza pelo aparecimento de estruturas originais, específicas para conhecer, qualitativamente distintas das que as precederam e das que vão sucedê-las. ASPECTO AFETIVO – Permite ao ser humano demonstrar os seus sentimentos e emoções, diz respeito às vivências, que podem ser agradáveis ou desagradáveis e está intrinsecamente ligada à cognição, pois não há ação intelectual sem sentimento ou emoção. ASPECTO SOCIAL – Responde pelas interações sociais, se refere a habilidade de cooperar, ao respeito mútuo e à solidariedade. ASPECTO FÍSICO – Ligado ao crescimento orgânico, é o exercício do próprio corpo e a capacidade de manipular objetos. Se refere à coordenação motora e é desenvolvido a partir de atividades motoras, como correr, saltar, escrever, entre outras. Pensar nestas possibilidades implica uma mudança de concepção de ensino e aprendizagem como também da própria organização do trabalho pedagógico como um todo. É preciso que todos os envolvidos no processo educativo sejam protagonistas no exercício do seu papel. A Educação Integral institui uma nova visão à escola, como local de produção de conhecimento que possibilita ao aluno situações, experiências, instrumentos e conceitos que favoreçam a construção sociocognitiva da aprendizagem. Para construir uma escola que desenvolva uma Educação Integral se faz necessário fortalecer os vínculos com a comunidade escolar. Entende-se que a educação deve estreitar as relações entre a escola e a comunidade, visando relacionar a aprendizagem com o cotidiano do aluno, transformando, assim, a escola num espaço de integração comunitária. Ao se propor um processo educativo que se objetive a integralidade é necessário trabalhar com todos estes aspectos de modo integrado, ou seja, a educação deve objetivar a formação e o desenvolvimento global e não apenas o acúmulo informacional. Nesse contexto, a Base Nacional Comum Curricular estabelece dez competências gerais, que se inter- relacionam e perpassam ao longo da Educação Básica, todos os componentes curriculares, articulando-se na construção de conhecimentos e de habilidades, assim como, na formação de atitudes e valores.

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