Meu lugar no mundo

11 Então eles se levantaram e foram dar uma espiada para ver que fogo era aquele. Parecia ser uma pequena tocha que se movia entre as árvores. Então, começaram a perguntar: — Quem está aí? Mas ninguém respondia do outro lado. Os moços ficaram assustados e tiraram seus facões da bainha. Cada um pegou um pedaço de pau da fogueira que tinham acendido. No escuro da noite, o fogo daquelas tochas improvisadas era bem visível, e o fogo que tinham visto parecia andar pela mata também. Os rapazes já cismados resolveram adiantar-se em direção àquilo que estava se aproximando deles. E viram que o fogo se movia por entre as árvores sem queimar nada. Era assombração. Porém, tarde demais para voltar! Aquilo era espantosamente assustador, uma tocha que caminhava como se fosse uma criatura viva, e sem emitir calor. O fogo continuou vindo na direção dos jovens, e eles logo perceberam a sombra de um homem. Amedrontados, os rapazes correram em direção ao rio, gritando de pavor. Quando amanheceu, todos estavam cansados, de corpos arranhados pelos espinhos nos matos e decidiram regressar à aldeia, sem compreender direito o que havia acontecido. Correram até os mais velhos para contar-lhes a história e, sem precisar ouvir muito, um deles lhes disse:

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